Quando estiver num processo de seleção para um cargo de liderança há algumas competências, nomeadamente soft skills, às quais deve prestar particular atenção. A Inteligência Emocional mostra quais são as principais soft skills a considerar nesse processo e, ainda, através do EQ-i2.0 é possível medir e avaliar essas mesmas competências.
Quando estiver num processo de seleção de líderes para a sua organização, há várias caraterísticas importantes que deve ter em conta. Por exemplo, provavelmente quer um líder com boas competências para delegar, a capacidade de liderar a mudança, de criar uma visão e executar essa visão. São todos traços admiráveis para um líder mas eles tendem a ser sobretudo orientados para a tarefa.
É crucial considerar este tipo de comportamentos num líder pelo impacto direto que têm na bottom line, mas não podemos esquecer que é apenas uma parte da equação. Um líder bem-sucedido deve também liderar uma equipa de colaboradores, por isso não é possível ignorar as soft skills quando estiver perante os candidatos. Uma área onde deveria concentrar os seus esforços é a inteligência emocional.
A Inteligência Emocional (IE) é definida como “a habilidade de identificar e gerir as próprias emoções e as emoções dos outros”. Apesar de parecer muito simples, a IE pode ser um constructo muito complexo de medir. Recomendamos considerar estes aspetos distintos da IE quando estiver a selecionar potenciais líderes para a sua organização.
Auto-consciência/Auto-perceção
Um líder forte deve estar consciente dos seus próprios pensamentos, emoções e comportamentos. Devem ser capazes de identificar com precisão e compreender as suas forças e fraquezas e ter um sistema de valores do qual não estão dispostos a comprometer.
Auto-estima/Independência
Se compreender e aceitar as próprias fraquezas é o primeiro passo para ser um bom líder, incorporar essa informação é o segundo passo. Os bons líderes devem saber como alavancar as suas forças de forma a compensar as áreas das suas fraquezas. Devem também ter confiança nas suas competências e ser autênticos nos seus comportamentos e ações.
Consciência Social/ Perceção Social
Não basta apenas compreender-se a si mesmo. Os líderes devem também estar conscientes dos pensamentos, emoções e comportamentos dos outros. Um líder deve ser capaz de identificar objetivamente as formas e fraquezas dos outros e antecipar a resposta de um indivíduo a essa análise, de forma a desenhar a mensagem de forma apropriada.
Auto-controlo/Tolerância ao Stress
Inevitavelmente, todos os líderes se vão deparar com situações causadoras de stress. É crítico que os líderes, não só permanecem calmos face à adversidade, mas que sejam também otimistas acerca dos potenciais resultados da situação. Devem ser capazes de controlar os seus impulsos e tomar decisões acertadas, mesmo durante momentos de tensão, uma vez que a resposta de um líder a uma situação desafiante estabelecerá o passo para o resto da equipa.
Empatia
Quase nem precisa de explicação. Alguém que seja responsável por liderar uma equipa deve preocupar-se com o bem-estar das pessoas. Respeitar os indivíduos e ter um sentido de responsabilidade social é crucial para assegurar que os colaboradores se sentem valorizados e parte da equipa.
Adaptabilidade/Flexibilidade
As situações mudam rapidamente. Alguém que esteja na liderança precisa de ser capaz de ajustar o seu comportamento e atitude de acordo com essas mudanças. Uma vez mais, é aqui que a auto-consciência entra em jogo – não é suficiente que um líder reconheça que pode estar a ter uma reação negativa perante uma situação desafiadora. Também precisam de ajustar os seus pensamentos e emoções e adaptarem-se à situação.
Desvendar caraterísticas da Inteligência Emocional pode ser complexo. As entrevistas baseadas em aspetos comportamentais podem chegar a alguns dos conceitos, como tolerância ao stress ou flexibilidade, mas vários outros aspetos da IE estão relacionados com caraterísticas que são muito pessoais para o candidato. Felizmente, existem outras formas de medir a IE quando se estão a considerar potenciais líderes.
Os questionários de auto-avaliação, sendo de entre todos o EQ-i 2.0 o mais testado e utilizado, podem fornecer ótimos insights sobre a IE de um candidato. Se estivermos a considerar candidatos internos, uma avaliação 360 pode revelar informação importante acerca da inteligência emocional de um candidato. É, no fim do dia, importante considerar a inteligência emocional quando se estiver num processo de seleção de um líder.
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Artigo original “6 Aspects of Emotional Intelligence You Must Consider When Hiring a Leader”
by Christian Spielman (in Select International)