Eis uma verdade: todos detestam ser criticados, mas o feedback negativo é o mais valioso que se pode obter. É desta forma que crescemos, que aprendemos sobre os nossos pontos cegos e as diferentes perspetivas. É também uma ótima oportunidade para compreender o que pensam os outros. É por isto, que todos devem encarar o feedback negativo como um presente.
É claro que, a maioria das pessoas, não vê as coisas desta forma. Mesmo quando a crítica é construtiva, vêem-na como um ataque. E quem pode culpá-los? Quando deram o seu melhor no trabalho, a última coisa que querem ouvir é que não se é bom o suficiente ou que algo está errado.
Mas existe uma maneira de transformar o feedback negativo em algo que os outros valorizam. Como? Tudo o que é preciso é de um pouco de inteligência emocional.
A inteligência emocional é a capacidade de compreender as emoções e como funcionam, e usar esse conhecimento para se ajudar a si e aos outros. De uma forma simples, é a capacidade de fazer com que as emoções funcionem a seu favor, e não contra si.
Ao fazer duas perguntas pode transformar o seu feedback negativo em algo que o destinatário identifica como sendo útil para si.
Como se sente sobre …?
É uma pergunta tão simples, mas extremamente eficaz: Como se sente sobre a apresentação que fez ontem? Como se sente em relação à sua nova tarefa? Como considera que as coisas estão a correr neste projeto?
Dando à outra pessoa a oportunidade de falar primeiro, dá-lhes a oportunidade de se expressarem; sobre o bom, o mau e o feio. Claro que devem estar a perguntar-se sobre o que pensa da apresentação, ou sobre o seu desempenho na nova tarefa, ou como estão a correr as coisas neste projeto. Podem até saber que precisam de ajuda.
E aqui é a oportunidade de ganhar a confiança deles, dando-lhes alguns elogios.
Diga as coisas que fizeram bem e o porquê, o que aprendeu com eles ou algo em que sente que realmente se destacaram. Quanto mais específico, melhor.
A tendência é a baixar a guarda porque vão vê-lo como alguém que está do seu lado.
Neste momento, a última coisa que querer fazer é abusar da confiança que ganhou para atacar… é por isso que a formulação da segunda pergunta é tão importante.
Posso também partilhar feedback construtivo consigo?
Ao pedir permissão, dá um grau de controlo ao destinatário. Claro que podem dizer que não… Mas nunca conheci alguém que o fizesse.
Em vez disso, ficam felizes em ouvir algo que possa ajudá-los a melhorar. E como já mostrou que está do lado deles, acreditam que os pode ajudar.
Ainda assim convém que tenha algum cuidado com o que diz a seguir. A chave é colocar-se ao mesmo nível que o destinatário. Diga algo como: “Eu também tinha esse problema até que alguém me fez notar isso – e a minha abordagem mudou completamente.” Claro que tem de ser sincero.
Lembre-se que todos tem dons e talentos. O seu trabalho é ver esse potencial e fazer sobressair o melhor de cada um.
E estas duas perguntas vão ajudá-lo a fazer isso.
Artigo original: These 2 Simple Questions Will Immediately Make Your Feedback More Emotionally Intelligent