Por algum motivo, relaxar, meditar e mindfulness não funcionam para si.
Todos já experienciamos isso, em algum momento: imenso para fazer em muito pouco tempo. Parece que quase todos as pessoas com quem falamos, hoje em dia, estão em stress. Seja relacionado com trabalho, relacionamentos, política, alterações climáticas, escola, o futuro – não importa. Parece que as coisas estão mais stressantes do que nunca. E não é o único que se sente assim. Um estudo recente descobriu que 75% dos trabalhadores sentem-se mais stressados do que os trabalhadores na geração dos seus pais.
Então, o que podemos fazer relativamente a isso?
Há décadas que as pessoas tentam reduzir o stress através de técnicas de relaxamento, meditação ou outras abordagens orientais. Para muitas pessoas, funciona bem. Para muitos outras, não – para algumas pessoas, perguntar-lhes sobre se curso de mindfulness deixa-os ainda mais ansiosos. Recentemente, a American Psychological Association (APA) publicou um artigo que questiona o valor de biliões de dólares investidos, na tentativa de reduzir a ansiedade.
Qual é a estratégia alternativa?
Já deve ter ouvido falar em construir um mindset de resiliência. Paul passou mais de 40 anos a estudar a resiliência, enquanto uma abordagem para lidar com o stress – principalmente enquanto psicólogo militar. A sua experiência de ensino e pesquisa sobre a liderança na West Point Military Academy fortaleceu a sua opinião sobre o valor deste mindset de resiliência.
Reduzir os aspetos fisiológicos do stress – frequência cardíaca, transpiração, respiração, secreções hormonais – é muito difícil de fazer. No entanto, mudar de ideias sobre a experiência, é uma alternativa mais fácil. Estudos descobriram que os aspetos fisiológicos do stress e do entusiasmo são muito semelhantes. São os aspetos mentais ou cognitivos que são realmente diferentes – ou seja, o que diz a si mesmo sobre a situação.
Com os quarenta anos de investigação sobre o tema, surgiram três fatores importantes – chamamos-lhe os 3 C’s. O primeiro é o compromisso. Os indivíduos que lidam bem com o stress têm um propósito ou objetivos que estão a tentar a realizar. O segundo é o controlo. Os indivíduos sabem que aspetos e eventos sobre si conseguem controlar, e os que não conseguem, ou que não fará diferença. O terceiro C’s é o desafio (challenge). As pessoas que gerem bem o stress não ficam sobrecarregadas com a situação, encaram as dificuldades como um puzzle que precisa de ser resolvido, aceitam a mudança e procuram as vantagens de aprender e experimentar coisas novas.
Sabemos que parece mais fácil do que é na realidade. Mas é algo que pode tentar fazer da próxima vez que ficar ansioso, sobre um evento ou uma tarefa. Pergunte a si mesmo o motivo que o deixa ansioso. Qual seria a pior coisa que poderia acontecer se falhasse. E o que poderia aprender como resultado da experiência. Em seguida, tente concentrar-se na excitação de aprender sobre algo novo. Pode até refletir sobre a sua infância, a experiência de aprender a nadar, andar de bicicleta ou tocar um instrumento musical. Embora esteja associada alguma apreensão em aprender novas habilidades, o resultado geralmente é gratificante.
Reenquadrar a sua ansiedade em entusiasmo pode ajudá-lo a melhorar o seu desempenho, saúde e tranquilidade. Vimos e documentamos as mudanças positivas que os indivíduos experienciam como resultado. Por isso, faça um favor a si mesmo, se as técnicas de relaxamento não funcionarem para si, tente pensar de forma diferente – começando pelos 3 C’s.
Artigo original: You’ve Tried Relaxation but You’re Still Stressing Out