Imagine o seguinte cenário: a sua carreira está no sentido ascendente. Tudo está a correr às mil maravilhas.
No entanto, em alguns momentos dá consigo a pensar que este papel parece ser mais desafiador do que aquilo que inicialmente previa.
Ter uma maior consciência sobre 4 áreas vão ajudá-lo a lidar com esses desafios.
Imagine o seguinte cenário: a sua carreira está no sentido ascendente. Tudo está a correr às mil maravilhas. Foi promovido recentemente, o que só vem provar que a sua empresa reconhece o seu potencial. Está no caminho para o topo!
No entanto, em alguns momentos dá consigo a pensar que este papel parece ser mais desafiador do que aquilo que inicialmente previa. Na sua antiga função era um perito e os outros olhavam para si com admiração. Este novo papel afastou-o mais das operações do dia-a-dia e levou-o a ter de confiar mais nos outros para que as coisas sejam feitas. Tudo parece demorar mais tempo e isto começa a causar-lhe stress e a deixá-lo frustrado. Para ajudar, ainda tomou algumas más decisões nos primeiros meses e tem cada vez mais divergências com o seu manager. O que se está a passar?
Os estudos mostram uma forte correlação entre a inteligência emocional e uma liderança eficaz. Os líderes transformacionais, que gostam de desenvolver os indivíduos e as equipas, têm uma inteligência emocional significativamente mais elevada do que os líderes mais transacionais.
O que é ainda mais surpreendente é que uma baixa inteligência emocional em algumas áreas pode aumentar o risco de descarrilamento.
Preste atenção a estas quatro áreas:
1 – Controlo de impulsos
Ter um baixo controlo de impulsos pode ter um impacto direto e negativo na tomada de decisão, uma competência chave em qualquer líder. Isto pode ir desde o “chefe explosivo”, que parece agir sempre de forma irracional, até ao “chefe demasiado otimista” que pode ser facilmente levado pelo entusiasmo dos outros e negligencia o tempo necessário para pensar sobre as coisas.
Dica para melhorar esta área: identifique em que situações e/ou com que pessoas habitualmente toma decisões precipitadas. Talvez seja quando está cansado ou pressionado pelo tempo. Pode ser em algumas partes do dia – é mais impulsivo de manhã, por exemplo? Assim que tenha identificado estas situações acione uma estratégia, tal como respirar fundo ou contar até 10 antes de reagir. Pode até ser necessário não tomar a decisão nesse momento e “dormir sobre o assunto”.
2 – Tolerância ao Stress
Ser um líder implica muitas vezes estar em situações causadoras de stress. Liderar quando tudo corre bem é completamente diferente de liderar quando existem grandes desafios. As pessoas na organização observam e medem a forma como um líder enfrenta situações difíceis. É uma medida da eficácia da liderança. Um líder cujo comportamento mude drasticamente ao longo de situações de stress vai ter dificuldade em motivar os outros e liderar quando é mais necessário.
Dica para melhorar esta área: preste atenção aos seus níveis de stress. Pare e pense quais são os seus principais triggers (algumas pessoas, situações, reuniões) e reconheça-os para que se consiga preparar para lidar com o stress quando ele surge. Depois, para cada trigger encontre uma estratégia para lidar com ele (exemplo: se o trigger for alguma pessoa, reformule a forma como se sente em relação a ela; como pode olhar para ela de forma diferente; o que valoriza nela?).
3 – Solução de Problemas
Não existem muitos problemas que não tenham um conteúdo emocional. Se o problema for relacionado com pessoas, então isto é ainda mais evidente. Quando não reconhece o papel das suas emoções e das emoções dos outros pode tomar decisões e resolver problemas de forma ineficiente.
Dica para melhorar esta área: todas as semanas, passe algum tempo a refletir sobre o seu processo de solução de problemas. Analise as principais decisões tomadas na passada semana. Por cada uma delas, pergunte-se o quanto confiou no seu instinto. Considerou os seus instintos enquanto também saiu do problema e o viu de forma objetiva? Onde é que as suas emoções deturparam o seu julgamento? Onde é que as emoções o ajudaram? O que deveria ter em atenção da próxima vez? Tornando-se mais consciente de tudo isto desenvolverá um sentido de como as emoções podem ajudá-lo a resolver problemas e tomar melhores decisões.
4 – Independência
Por último, o líder com um baixo nível de independência enfrenta grandes desafios. Quando isto acontece encontramos um líder com incertezas, que parece ser indeciso, permite que os outros tomem as decisões e está com dúvidas acerca das suas próprias ideias. Será difícil conseguir motivar e inspirar os outros.
Dica para melhorar esta área: mantenha um registo diário/semanal das decisões-chave que tomou. Repare que decisões foram feitas de forma independente, as que envolveram alguma consulta e aquelas que foram diferidas para outras pessoas. Procure padrões (pessoas, temas, etc) e pergunte-se se está a aplicar o processo correto de tomada de decisão. Está a confiar demasiado nos outros? Ou não envolve os outros e faz o caminho sozinho demasiadas vezes? Uma vez mais, a chave é a auto-consciência.
De uma forma geral, a principal mensagem aqui é tirar tempo para refletir sobre o seu próprio desempenho nestas áreas. Fazer isto diariamente vai aumentar a sua auto-consciência e ajudá-lo a não descarrilar.
Artigo original “Reducing the risk of career derailment with EQ” (by KinchLyons)